segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mensagem do Reitor-Mor aos Jovens do MJS - Parte II



Olá pessoal!

Como o prometido é devido, cá vai a segunda parte da mensagem do Reitor-Mor aos jovens!

"O meu sonho… o vosso sonho... o sonho de Deus"


O sonho dos nove anos foi o evento que marcou a minha vida, que me deu, com o passar do tempo, a inspiração para orientar-me na escolha do campo onde trabalhar, a capacidade de imaginar um sistema pedagógico vitorioso para conquistar o coração de vocês, a paciência temerária de lutar para mudar o mundo, o seu mundo.
Com a ajuda do Senhor, eu também convido vocês, que são a "esperança encarnada", a encontrarem, entre as muitas insinuações ilusórias que lhes são sugeridas, o sonho que os torna pessoas criativas, sonho que reaviva a vontade adormecida, que move as energias secretas, que dá a força de enfrentar e superar as inevitáveis dificuldades do crescimento e a firmeza invencível de sustentar a espera da realização sem pretender de imediato aquilo que se sonha.

Com a ajuda do Senhor, eu também convido vocês, que são a "esperança encarnada", a encontrarem, entre as muitas insinuações ilusórias que lhes são sugeridas, o sonho que os torna pessoas criativas, sonho que reaviva a vontade adormecida, que move as energias secretas, que dá a força de enfrentar e superar as inevitáveis dificuldades do crescimento e a firmeza invencível de sustentar a espera da realização sem pretender de imediato aquilo que se sonha.

Sonhar com o coração voltado para Deus e com os pés na terra não é evasão, mas significa abrir a própria vida a algo novo, que ainda não se conhece plenamente, mas que, em todo caso, se sente como significativo. Significa projetar-se para alguma coisa que ainda não se possui, mas em que se reconhece; significa descobrir com inteligência a presença de "um Deus que os acompanha" no fluir dos dias. Nenhum projeto, do mais modesto ao mais prestigioso, que encha a existência de sentido, pode ser realidade sem ser antes nutrido de um sonho. Para fazer escolhas corajosas no interior de uma sociedade líquida, sem alma e pobre de valores, é indispensável reencontrar a força de ter amplas visões que desenraizem o homem da sua mediocridade e o façam caminhar para novos céus e nova terra.


Ao completar 58 anos de idade, escrevi a pedido do Papa Pio IX, a história dos primeiros quarenta anos da minha vida, dando-lhe o título de "Memórias do Oratório de São Francisco de Sales". Não o fiz certamente por desejo de imortalidade ou por vontade de grandeza. Somos eternos porque estamos no coração de Deus, amados e salvos pelo seu Filho Jesus. Foi um gesto de amor que eu fiz, um testamento espiritual para ajudá-los no presente e no futuro. Convido-vos a ler essa "vivência", não tanto pela curiosidade histórica do meu passado, quanto para que, entre as linhas marcadas de sangue e suor, descubram que a finalidade de tudo é realizar a vida plenamente. Compreenderão então que, aqueles que têm responsabilidades educativas devem necessariamente entender a própria vida como serviço de amor, devem ler o seu tempo como oportunidade de acolhida, devem adquirir conhecimento não para humilhar ou manipular, mas para "plasmar" o coração, a fim de o orientar para Cristo. Educar revela-nos como enamorados de Deus e do homem, por ser um exercício prático de caridade.


Por isso, como Salesianos, educamos com o magistério da escuta e do respeito, mais do que com o chicote e a pregação; com o silêncio sofrido que revela amor e expectativa, mais do que com a dura censura; com a autoridade que brota da nossa vida coerente e irrepreensível, mais do que com o poder que deriva de uma função ou de uma lei. Educamos, sobretudo, com o amor. Quando se eclipsa o nosso amor gratuito, reflexo da misericórdia de Jesus, os jovens morrem de frio porque suportam menos a noite dos afetos do que o desvio da razão. 


Enquanto abraço todos vocês com afeto, gostaria de revelar-lhes o maior segredo do meu coração. Sempre acreditei que a minha missão devia ter um caráter especial: salvar os jovens através dos jovens. Sempre desejei que o meu amor por vocês fosse uma missão compartilhada e que vocês mesmos fossem apóstolos dos jovens. Há quem possa querer alguma coisa ou algum ideal à força, mas se não encontrar a modalidade adequada, sua capacidade de perseverar vacila, porque o que não convence não pode ser meta estável de uma vida. Como nos tempos de Isaac, devemos cavar novos poços, dar vida a uma cultura nova, a novos modos de viver juntos. Conto com vocês, aposto de novo a minha vida em suas capacidades de se reerguerem, de readquirirem confiança na vida, nas intuições para se programarem um futuro de solidariedade e de paz.


Ao formar o meu grupo de Salesianos dirigi tudo aos jovens e foi uma revelação vitoriosa. Somente vocês, jovens, têm a potencialidade de transformar os vossos conhecimentos em sabedoria, e de inserir essa sabedoria na vida. Não se dobrem sobre si mesmos, viajantes cansados e resignados, mas interpretem a própria condição humana como "aventura divina", envolvendo-se e integrando-se com todos os filhos de Deus espalhados pelo mundo, na esplêndida História da salvação.

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