Olá pessoal!
Aqui vai a quinta parte do Lema do Reitor Mor deste ano!
4. Compromissos para a Família Salesiana
4.1. Empenhemo-nos a aprofundar qual foi a experiência espiritual de Dom Bosco, o seu perfil espiritual, para descobrir o “Dom Bosco místico”; poderemos assim imitá-lo, vivendo uma experiência espiritual com identidade carismática. Sem assimilarmos da experiência espiritual vivida por Dom Bosco, não poderemos estar conscientes da nossa identidade espiritual salesiana; só assim seremos discípulos e apóstolos do Senhor Jesus, tendo Dom Bosco como modelo e mestre de vida espiritual. A espiritualidade salesiana, reinterpretada e enriquecida com a experiência espiritual da Igreja depois do Concílio e com a reflexão da teologia espiritual de hoje, propõe-nos um caminho espiritual que conduz à santidade. Reconhecemos que a espiritualidade salesiana é uma espiritualidade verdadeira e completa: bebeu na história da espiritualidade cristã, sobretudo em S. Francisco de Sales, tem a sua nascente na peculiaridade e originalidade da experiência de Dom Bosco, enriqueceu-se com a experiência eclesial e chegou à releitura e à síntese madura de hoje.
4.2. Vivemos o centro e a síntese da espiritualidade salesiana, que é a caridade pastoral. Foi vivida por Dom Bosco como busca da «glória de Deus e da salvação das almas» e tornou-se para ele oração e programa de vida no da mihi animas, cetera tolle. É uma caridade que precisa de se alimentar com a oração e de nela se basear, contemplando o Coração de Cristo, imitando o Bom Pastor, meditando a Sagrada Escritura, vivendo a Eucaristia, dando espaço à oração pessoal, assumindo a mentalidade do serviço aos jovens. É uma caridade que se traduz e se torna visível em gestos concretos de proximidade, afeto, trabalho, doação. Assumamos o Sistema Preventivo como experiência espiritual e não só como proposta de evangelização e metodologia pedagógica; ele encontra a sua nascente na caridade de Deus que «precede todas as criaturas com a sua Providência, as acompanha com a sua presença e as salva dando a vida» ; dispõe-nos a acolher Deus nos jovens e chama-nos a servi-l’O neles, reconhecendo a sua dignidade, renovando a confiança nos seus recursos de bem e educando-os para a plenitude de vida.
4.3. Comuniquemos a proposta da espiritualidade salesiana, segundo a diversidade das vocações, especialmente aos jovens, aos leigos envolvidos na missão de Dom Bosco, às famílias. A espiritualidade salesiana precisa de ser vivida segundo a vocação que cada qual recebeu de Deus. Reconheçamos os traços espirituais comuns dos vários grupos da Família Salesiana, indicados na “Carta de Identidade”; demos a conhecer as testemunhas da santidade salesiana; invoquemos a intercessão dos nossos Beatos, Veneráveis e Servos de Deus e peçamos a graça da sua canonização. Ofereçamos aos jovens que acompanhamos a espiritualidade juvenil salesiana. Proponhamos a espiritualidade salesiana aos leigos empenhados a partilhar conosco a missão de Dom Bosco. Com atenção à pastoral familiar, indiquemos às famílias uma espiritualidade adequada à sua condição. Por fim, convidemos a fazer experiência espiritual também jovens, leigos e famílias das nossas comunidades educativas pastorais ou dos grupos e associações que pertencem a outras religiões ou que se encontram em situação de indiferença em relação a Deus; também para eles é possível a experiência espiritual como espaço de interioridade, de silêncio, de diálogo com a própria consciência, de abertura ao transcendente.
4.4. Leiamos alguns textos de Dom Bosco, que podemos considerar como fontes da espiritualidade salesiana. Antes de tudo, convido-vos a reler e atualizar o “sonho dos dez diamantes”; ele propõe-nos o rosto espiritual de cada de nós que nos inspiramos em Dom Bosco. Proponho-vos uma coletânea de escritos espirituais de Dom Bosco, em que ele aparece como um verdadeiro mestre de vida espiritual. Poderemos assim beber em páginas menos conhecidas, mas que nos falam com proximidade da vida espiritual salesiana.
Fiquem bem, com D. Bosco e M. Mazzarello!
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